Quando um líder passa o bastão


Saiu hoje uma matéria no portal IG, no canal de economia uma matéria que fala sobre momento de transição quando um grande líder deixa uma empresa. A matéria destaca Steve Jobs e alguns personagens brasileiros. Vale a pena dar uma conferida, leia a matéria reproduzida aqui por Maria Carolina Nomura para o portal.

A renúncia de líder em uma grande empresa costuma deixar na equipe uma sensação de “vazio”, “abandono” e “insegurança”. Isso foi o que aconteceu, por exemplo, com o anúncio da saída de Steve Jobs do comando da Apple, no dia 24. Em um e-mail que vazou para a imprensa, o novo CEO da companhia, Tim Cook, deixou claro o estado de espírito do grupo e disse expressamente que seguirá os valores e princípios deixados pelo antecessor.

“Quero que vocês se mantenham confiantes de que a Apple não vai mudar. Eu brindo e celebro os singulares princípios e valores da Apple. Steve construiu uma companhia e uma cultura diferentes de quaisquer outras no mundo e nós continuaremos sendo fiéis a isso – já está em nosso DNA”, diz um trecho do e-mail.

No Brasil, o desligamento completo do executivo Fabio Barbosa, que trocou o Banco Santander pela Abril S/A na semana passada, também mereceu um memorando aos funcionários. Nele, o banco agradece ao executivo "por tudo o que ele representa no Banco Santander Brasil e por todo o legado que nos deixa” e diz: “seu nome ficará marcado para sempre na nossa história".

Ao final da carta, um recado aos colaboradores: "continuaremos dedicados à tarefa de colocar em prática o nosso planejamento estratégico".

Procedimento
Segundo o coach Homero Reis, toda a saída de líderes de organizações de alto desempenho pede um protocolo que deve ser seguido à risca. “Esse procedimento de comunicação dos funcionários com antecedência e a preparação deles para a transição deve ser feito para que as expectativas sejam mapeadas e sentimentos de abandono e insegurança, minorados.”
Reis diz ainda que esse “senso de abandono” é comum especialmente quando o gestor era uma pessoa querida. “Todo grande líder deixa um rastro de sentimento. Guardada as devidas proporções, é como perder alguém querido. Traz uma sensação de impotência.”
A insegurança sobre os rumos da organização e do trabalho e a desorientação também são sentimentos comuns dos funcionários quando o líder que sai da empresa desempenhava um papel diretivo, ou seja, dava as cartas na companhia.

Na chegada
Além do protocolo de saída, há também o protocolo de chegada. Segundo Reis, o chefe que entra na organização deve ter “conversas francas e reuniões criativas” com seus novos subordinados. “Ele deve se apresentar e ser apresentado.”
Esse foi o procedimento adotado pelo executivo Francisco Valim quando saiu da presidência da Net para a Serasa Experian, no início de 2008. Segundo seus próprios relatos, ele se apresentou a todas as pessoas da organização.
Com os profissionais de níveis mais estratégicos fez reuniões privadas, e com os funcionários de base, levou-os para um auditório e se apresentou.

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