"Steve Jobs" mirim e brasileiro


Em Brasílía, um estudante de apenas 13 anos desenvolve programas para iOS da Apple. Além disso, Rafel Costa, aluno da sétima série, dá palestras em universidades e ensina o que sabe para pessoas mais velhas do que ele.

Com óculos de grau e aparelho nos dentes, o estudante aborda assuntos sobre tecnologia, linguagem de programação de computadores e até a respeito de estratégias de marketing.

No colégio Leonardo da Vinci, onde estuda, Rafael é chamado de gênio, em tom de brincadeira, por professores e colegas. No total, apresentou nove produtos aprovados pela multinacional. Depois disso, ministra palestras em Brasília - em locais como Banco do Brasil e faculdades - para contar sua experiência.

Entre as criações do menino, está o Sweet Tweet, o primeiro projeto do brasiliense aceito pela empresa. Ele permite inserir informações com mais rapidez na rede social Twitter. Além disso, quando a internet perde o sinal, o aplicativo possibilita que o texto escrito seja armazenado e entre na web assim que o funcionamento for retomado - tudo automaticamente. O Sweet Tweet está na segunda versão. Nela, é possível também sincronizar várias redes, como Facebook, Twitter e Tumblr.

O Facepad, outra criação do gênio, aprimorou o programa Face Time, da Apple, que faz chamadas de vídeo entre portáteis, como o celular iPhone. O menino retirou a limitação que havia no programa original de originar chamadas exclusivamente para quem estava incluído em contatos de alguma rede social. "Com isso, o usuário não precisa adicionar a outra pessoa para conversar com ela. Pode simplesmente convidá-la para a chamada de vídeo", explica Rafael.

Já o URL Cutter encurta links em URL para caberem no Twitter. "Os posts do twitter permitem apenas 140 caracteres. Alguns endereços da internet têm mais que isso. Para usá-los na rede, é preciso torná-los mais curtos", esclareceu Rafael. Basta copiar o endereço do navegador e colar no campo do aplicativo e o serviço está feito. "O mais importante é que o aplicativo seja fácil de usar", afirmou Rafael. O rapaz também criou jogos para iPhone e tem dezenas de projetos à espera de aprovação da Apple.

Rafael ganha dinheiro com as invenções. Recebe 70% do valor de cada aplicativo pago baixado e 60% da verba de publicidade de cada um. "Não é muito, porque a maioria dos aplicativos é grátis", diz o inventor. Mensalmente, são feitos pelo menos 5 mil downloads de criações de Rafael, por meio do site da Apple. Quase 5 mil brasileiros participam da loja virtual como criadores de aplicativos para celulares e computadores da marca.

A empresa não aceita contribuições de quem tem menos de 18 anos, por isso o pai de Rafael, Luiz Cláudio Costa, assumiu a burocracia para a entrada do garoto no sistema de criação da multinacional. Rafael cursa a sétima série e já escolheu sua formação universitária. Quer estudar ciências da computação ou engenharia de software.

Apesar das habilidades incomuns para um garoto de 13 anos, Rafael leva uma vida normal. Sai com os amigos, joga bola e se dá bem com a turma da escola. Tem interesses além de tecnologia, como o cinema. Gosta também de videogame e de música.

O moleque ainda fecha dizendo que quer ser o novo Steve Jobs. É mole?

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